Mentiras Sinceras me interessam

Esta mensagem inicial do blog explica, se é que é preciso, o título do mesmo. Todos sabem que é parte da letra de uma música de Cazuza (abaixo) (...) "mentiras sinceras me interessam". Tem outra frase que poderia ser usada. É de uma amiga minha (não me perguntem de quem); "Mente, mas mente gostoso
". Claro que o blog não será usado para difundir mentiras, mas os leitores talvez se identifiquem com a dose de ilusão necessária e até fundamental que coloco em tudo o que faço e escrevo. Utopia, ainda é, uma droga lícita. Mas use com moderação.

"Entre a sinceridade ferina e a falsidade carinhosa, prefiro a última. No jogo impreciso do amor, vale mais a intenção forjada do que a fúria da razão. Portanto, entre a espada crua da verdade, mentiras sinceras me interessam"


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quarta-feira, 19 de junho de 2013

E começa a cair a ficha...

Os manifestantes, legítimos, corretos, descobriram que não estão sozinhos. (antes tarde do que nunca)

Nos protestos como em qualquer aglomeração pública tem todo tipo de pessoas. Claro que 99% estão ali para manifestarem legitimamente sua indignação com alguma situação. Mas este 1% restantes são ladrões, arruaceiros, baderneiros vândalos e delinquentes de toda ordem. E, cá entre nós: em 20.000 pessoas, 200 elementos destes, organizados! Sim! Eles estão organizados! Eles estão “protegidos” pelo anonimato da multidão; estão mascarados, não tem nada a perder. Depredam, botam fogo em carros e ônibus, provocam a polícia, provocam tumultos para cometerem seus crimes. Os protestos são no Centro – área comercial, financeira, administrativa. Eles estão destruindo, roubando, enfim, atacando lojas, bancos, prédios públicos. Já imaginou se os protestos fossem em áreas residenciais? No seu bairro, por exemplo? Sim! Eles estariam atacando A SUA CASA, O SEU PATRIMÔNIO, A SUA FAMÍLIA! Imaginem só por um momento: 20, 30, 50 pessoas aproveitando a confusão e invadindo a sua casa. Aí você  CHAMARIA A POLÍCIA. Não com balas de borracha e bombas de efeito moral. Você desejaria toda a segurança: metralhadoras e “baionetas caladas” Oh! Baionetas caladas! Sim! (sabe o que significa isso?) Essa “euforia juvenil” é compreensível. Esta geração passou do vídeo-game para o Facebook direto. Orientada apenas, às vezes, pela luz azul da caixa mágica. Está, agora, deslumbrada com o “romantismo” da manifestação pura, idealista e, repito, legítima. Mas a realidade é cruel e atropela. E pasmem: A violência não é GTA! Bem vindos ao mundo real. Entendeu ou precisa do Google tradutor?


E começa a cair a ficha... Ou melhor: ...a fazer  download

By Vidal

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Caroneira de primeira viagem ou nova recaída de “ex-cafajeste”



Como viajo todos os dias de motocicleta ( aproximadamente 100 km p/dia), a saber: casa (Viamão) até o Centro (Faculdade-IFRS), depois ao trabalho (Jd. Leopoldina, quase Alvorada), e depois novamente para  casa (Viamão), sou um grande observador do trânsito e suas circunstâncias. Visto da perspectiva da motocicleta, nível do solo, os detalhes saltam aos olhos. Pode-se ver a “vida do trânsito”; as relações humanas. Carinho, às vezes carícias! Discussões, conflitos, brigas...etc.

Esta semana chamou-me a atenção uma caroneira de uma outra motocicleta. Não soube definir se ela estava de saia ou vestido e blusa combinados, sapato de salto e bolsa. O fato é que a roupa não era apropriada para andar na garupa de uma motocicleta. A tal saia/vestido era de um tecido leve, fino (não sou especialista), mas devia ser de uma espécie de malha. Roupa caprichada, quase social. A moça devia ser uma supervisora, encarregada de setor, talvez. Não tinha pinta de gerência. Não seria, também uma enfermeira (aí sim! Fetiche clássico); as enfermeiras, mesmo à paisana, sempre usam alguma peça branca: sapato, relógio...Sempre.

A posição do caroneiro na motocicleta, como sabem, é de: pernas elevadas; +- 45° e, se for mulher, corpo ligeiramente “arqueado” para frente. Além, é claro, de uma abertura lateral de, no mínimo, 30° para “encaixar-se no piloto da moto -(Matemática numa hora destas?!!). Neste caso, pela inadequação da roupa, esta posição deixava à mostra uma generosa porção da coxa da mulher. Digo de propósito; coxa e não perna. São coisas absolutamente diferentes. A palavra “coxa” por si só já gera uma expectativa, não é verdade? Para quem não ligou o” nome a pessoa”, aí vai uma caracterização livre mas com detalhes:  coxa é a parte que segue imediatamente acima do joelho até osso da bacia, pela frente; a dobra da virilha, por dentro; o osso do quadril por fora: e a dobra da nádega, por trás. Nossa! Descrição anatômica, quase científica para fugir da vulgaridade. Não sei se consegui.

A porção de coxa à mostra, não era nenhum escândalo...Ainda. Tratava-se de “um palmo”(grande!)", ou  nove dedos e meio, acima do joelho: nada de mais. A posição é que deixa a situação digamos...interessante. Via-se que a moça “não era do lugar”; pela roupa e pela própria posição. As caroneiras profissionais sabem exatamente o que estão causando quando estão ali: empinam-se exageradamente, em regra não usam saias, é verdade. Mas abusam de calças com cintura baixa. Deixam à vista, estrategicamente, parte da “roupa íntima” ou, até mesmo, o “cofrinho”! E, cá entre nós; às vezes é um “Banco Central ou Casa da Moeda”! ”Sorry”. Não resisti. O fato é que a moça não era dali. Calculo até que não era “nada” do condutor. Talvez ou a conhecida, uma vizinha atrasada que aceitara uma carona.

Mas a dita saia começava, lentamente, a subir mais! (em direção aos limites superiores anteriormente descritos). A menina era forte: não puxava ou arrumava a roupa. Talvez fosse medo de soltar-se.  (Alías, que coisa irritante mulheres que usam roupa curta e ficam o tempo todo “se puxando”! Então não usem, pô!) Eu pilotava imediatamente atrás do casal ou, às vezes, ao lado. Observava discretamente, é claro. A cena não passava despercebida a ninguém: motoristas, outros motoqueiros. Acho até que, ocasionalmente, disputavam uma posição melhor no trânsito para a visualização. Será? Eu confesso que viajava mais devagar do que de costume. Mas o relógio, cruel, impiedoso, me chamava à realidade. Ao ultrapassar fiz questão de não olhar o rosto. Para não constranger e para não quebrar o encanto daquela “ tela de Dali ”: caótica e bela. Como o trânsito.

by Nô Vidal